Cinema

22 de dezembro de 2022

Shark Bait

Shark Bait (Reino Unido, 2022)

Diret James Nunn
Com Holly Earl, Jack Trueman, Catherine Hannay, Malachi Pullar Latchman, Thomas Flynn, Manoel Cauchi.

Shark Bait

A fila anda... Quem ainda aguenta filme de tubarão assassino? Eu aguento, pode mandar! Filme de tubarão e de zumbi nunca é demais. O problema é quando um roteiro ou uma narrativa não se esforça em nada para sair do manjado lugar-comum já explorado no gênero e perde a chance de fazer seu potencial render mais. E assim temos filmes como este Shark Bait, todo corretinho, bem fotografado e dirigido com competência, mas indulgente de seu próprio resultado.

A jovem Nat e seu namorado Tom estão de férias com mais três amigos em uma costa sul-americana. A curtição inclui festas e bebedeiras ao por do sol, um pouco de traição adultera, mais bebedeira e ações irresponsáveis como roubar dois jet-skis de uma instalação desguardada para uns rolês aquáticos. Mas a turma se afasta muito da praia e na stupid action central do filme, as máquinas ficam avariadas por uma brincadeira besta. Um dos rapazes tem a perna ferida e logo um grande tubarão branco é atraído pela movimentação, e pelo sangue, pondo em risco a vido dos cinco jovens.

Então o que temos aqui, e o que o diretor também teve, são os ingredientes de sempre para fazer um bolo de receita já testada e aprovada. Ficou legalzinho, mas é mais-do-mesmo. Mais um filme de tubarão na fila de produções que se reativa regularmente (... e vem aí The Meg 2!). O que nos resta é checar erros e acertos e acertos o filme tem vários, a começar pelas apavorantes aparições da fera nas cenas submarinas. Se você não se incomodar com a presença que circula atrás de Tom aos 24:30 minutos é porque você está morto por dentro. O problema maior é que a situação de embasamento do roteiro (acidente com os jet-skis) é muito idiota. E o filme quase consegue compensar essa falha na sequência com as investidas progressivamente ousadas da fera, o suspense na tentativa de alcançar um barco pesqueiro nas proximidades, o desentendimento besta entre Nat e Tom, e algumas mordidas aflitivas. Assim o filme vai compondo seu tempo de projeção, infelizmente tentado disfarçar o entretenimento corriqueiro que é, e se passando por "drama sério" com a redenção de Tom, a trilha sonora que evita dramaticidade e um final meio anticlimático. Shark Bait é mais um exemplo de filme que se tivesse assumido sua condição de cinema-pipoca e focasse mais na aventura e menos no drama, teria sido muito mais decente e divertido.  

• Resumo: Shark Bait é um passável thriller de matinê.
• Melhor cena: a pancada por baixo no jet-ski!
• Suspense-enrolação: Tyler tenta chegar até o barco pesqueiro.
• Traumático: a mordida em Tom! (1h03)
• Forçada: Nat apunhala o tubarão! Ah, tá.
• Menção honrosa: as melhores mordidas do gênero!

Expectativa 🦈       Realidade 🦈🦈🦈

Shark Bait
Xingar não adianta, Milly, tem que morder...

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