Baramulla

Baramulla (Índia, 2025)

Diretor Aditya Suhas Jambhale
Elenco Manav Kaul, Arista Mehta, Bhasha Sumbli, Ashwini Koul, Mir Sarwar, Vikas Shukla.

Dark Bollywood. Cansado do formatão habitual do pop fantástico de agora? Pelo menos um pouco de ar fresco vem ocasionalmente pelos serviços de streamings. Interessante ver a quantidade produções internacionais que tentam o mercado pelas vias da narrativa fantástica. Este Baramulla é um exemplo legal de terror-pop que bebe de folclore nativo e opta por uma finalização em formato popular no grande "mercado planetário" do streaming.

Na região de Baramulla, crianças desaparecem misteriosamente e Rydwan, o chefe de polícia local, precisa encontrar respostas, solucionar o mistério e ainda contornar pressões familiares. Paralelamente, grupos rebeldes cooptam jovens e crianças para suas ações anárquicas. Quanto mais se aprofunda no mistério, mais o chefe Rydwan se confronta com uma possível ligação entre as ações rebeldes e os eventos sobrenaturais, intoleráveis para sua conduta pragmática. Os desaparecimentos, inicialmente considerados sequestros, pode estar servindo a um outro poder e outro propósito.

Curiosamente, Baramulla garante a ação e tensão em seus embates físicos e tiroteios enquanto que o sobrenatural segue por uma linha de baixa voltagem e sutileza onde até os potenciais jumps são atenuados. Embasado em situações políticas da década de 1990 e no misticismo folclórico, o filme dosa cuidadosamente seus ingredientes a ponto de não definir claramente a divisão entre articulação política e misticismo. Para isso evita o show pirotécnico de efeitos e histeria e faz o espectador mergulhar em uma narrativa lenta, mas determinada. Progressivamente difícil em seus enigmas e relações internas, Baramulla vai depender da intenção do espectador em arriscar um gosto adquirido novo.

• Marcante: o espírito do garoto jogando conchas.
• Suspeito: o empregado mudo que "alimenta" o espírito residente com pratos regulares.
• Menção honrosa: com fotografia sombria e ambientação no velho casarão da família, Baramulla inventa o "gótico-indiano"!

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Expectativa 👿     Realidade 👿👿👿