Continuando com a sugestão de sons macabros de Outra Música, agora mais contemporâneos e eletrônicos. Nestes tempos de acesso digital, as possibilidades de inventar e expor trabalhos novos é grande, e aí tivemos o chamado Dark Ambient, trabalhos repletos de instrumentais editados e com muita cara de trilha sonora. Sem virtuosismo técnico e valendo mais pela proposta conceitual. Alguns dos selecionados pertencem a essa categoria: James Plotkin, Old Tower e Demdike Stare.
1998 Perypheral Blur - James Plotkin foi guitarrista da cena grindcore que gradualmente foi trocando o peso sonoro por projetos Dark Ambient. Curiosamente, é a trajetória de muitos músicos do metal, que partem da exploração sonora para outras densidades com menos decibéis e muito mais imersão sensorial. Em diversos projetos com parcerias alternadas, Plotkin tem este Peripheral Blur como destaque em exercícios climáticos que engolem o ouvinte desde os movimentos circulares, hipnóticos, e ameaçadores da faixa de abertura Jute Wheel. Som perfeito para ver aparições.
1998 Perypheral Blur - James Plotkin foi guitarrista da cena grindcore que gradualmente foi trocando o peso sonoro por projetos Dark Ambient. Curiosamente, é a trajetória de muitos músicos do metal, que partem da exploração sonora para outras densidades com menos decibéis e muito mais imersão sensorial. Em diversos projetos com parcerias alternadas, Plotkin tem este Peripheral Blur como destaque em exercícios climáticos que engolem o ouvinte desde os movimentos circulares, hipnóticos, e ameaçadores da faixa de abertura Jute Wheel. Som perfeito para ver aparições.
2010 Forest of Evil - Demdike Stare é mais uma dupla inglesa de música eletrônica a surgir na cena contemporânea. Mas busca um som que não segue a tradição techno ou dance, que a eletrônica invariavelmente refere. Forest of Evil é um EP com pouco mais de 20 minutos e está dividida em dois blocos, Dusk e Dawn. Assombrosas as construções da dupla que alternam gritos e sussurros sonoros como em uma narrativa. Dramática, extenuante, expressionista, merece o crédito "alternativa" sem reservas.
2013 Sol Austan, Mani Vestan - O Burzum foi um grupo de Death Metal norueguês cujo líder Varg Vikernes foi em cana em 1993 por ter matado um músico parceiro! O incêndio em uma igreja também consta no currículo!! No cárcere e depois dele, deu continuidade ao Burzum orientando o som para longas faixas instrumentais. Este Sol Austan é seu projeto mais radical na questão musical. Praticamente não há sinal do rock pesado de antes e o trabalho se insere na corrente Dark Ambient. Texturas climáticas e dedilhados acústicos caracterizam grande parte do trabalho. Destaque à bela capa frazettiana.
2017 The Rise of Specter - Trabalho do grupo holandês Old Tower também na linha Dark Ambient, ou mais especificamente Dungeon Synth! Digite Dungeon Synth e vai aparecer um monte de bandas de qualidade sonora variada! O Old Tower tem o diferencial de acrescentar vozes corais (ou assim parecem) para maior diversidade musical. É uma das melhores do gênero, com suas marchas tonais e seus climas medievais pesadões de espacialidade ampla.
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