Mario Bava - diretor ícone do pop italiano.

O rei do euro-gótico. Mais ou menos o que Sergio Leone foi para o faroeste europeu, Bava foi para o suspense e terror. Um nome referenciado como ícone de gênero quando se fala em euro-horror por suas experiências estéticas e narrativas. Em filmes como The Evil Eye e Sei Donne Per L'Assassino, antecipou até mesmo os giallos que seriam produzidos na década de 70.

Douglas Hickox - atuando à francesa

Douglas Hickox nem tem foto no IMDB, mas foi um dos diretores mais interessantes à serviço do pop de bilheteria britânico na década de 70. Um estilista que não teve uma produção extensa, mas teve momentos destacados nos gêneros em que se aventurou.

Terence Fisher - altos e baixos no cinema fantástico.

O nome mais importante e identificador das produções da Hammer e não foi sem motivo: Fisher foi o responsável pelos maiores êxitos comerciais da produtora Hammer nos anos 50 e 60. Apenas o destaque a Dracula, Curse of Frankenstein e Curse of the Werewolf já seriam suficientes para colocá-lo na história do cinema fantástico, mas Fisher ainda faria muito mais.

José Larraz - o mestre do thriller desvirtuado

José Ramon Larraz é um diretor espanhol de fama cult principalmente por seu filme Vampyres (As Filhas de Drácula) que teve um merecido destaque em nosso mercado quando lançado em VHS. Larraz foi um daqueles casos de diretor idôneo à serviço do mercado pop dos anos 70, como diversos diretores italianos do mesmo período. Mas tem várias outras coisas legais no currículo em sua predileção pelo suspense e fantástico.

Aldo Lado

Aldo Lado é possivelmente o mais subestimado diretor da produção pop italiana. Geralmente é lembrado pelo notório Ultimo Treno Della Notte, refilmagem de Last House on the Left, mas sua produção tem mais virtudes ocultas. Alguns ótimos giallos em produção decente marcaram seu início de carreira nos prolíficos anos 70.

Umberto Lenzi - o prolífico diretor funcionário do pop-spaguetti.

Fãs do cinema pop-trash serão eternamente gratos a este incansável mestre do cinema B que inaugurou os filmes de canibais, fez thrillers alternativos e proporcionou a Tomas Milian e Maurizio Merli seus melhores momentos nas pancadarias poliziotteschi! Escolha um gênero popular no cinema italiano do pós-guerra: gladiadores, faroestes, espionagem, policiais, guerra, comédias, suspense, terror... Lenzi passou por aí e fez um punhado de filmes em cada um deles! Foi um gênio? Não. Mas foi um artífice do sleazy como poucos.

Larry Cohen - a liberdade inconsequente do cinema B

"Muitos filmes A são esquecidos rapidamente. São chatos, lentos e tediosos.

Filmes B são excitantes, são rápidos e energéticos!"

Um dos mestres do cinema B americano que curiosamente não foi tão citado quanto mereceria. Geralmente lembrado pelo cult Nasce um Monstro, Cohen teve uma carreira mais variada do que a média dos diretores de sua área de atuação. Iniciou atividades nos blaxploitation do comecinho dos anos 70 com Bone, seguido do cult O Chefão de Nova York. Com Nasce um Monstro iniciou uma bem sucedida carreira no fantástico/terror que o consagraria como uma espécie de Roger Corman moderno.

Lucio Fulci

O Stanley Kubrick da podreira! Diretor italiano que fez sua carreira em diversos gêneros beneficiando-se de um período de riquíssima e variada atividade no cinema popular europeu, especialmente o italiano. Fulci foi um dos muitos diretores que fez carreira estando disponível ao mercado de produções corriqueiras. Produziu em praticamente todos os gêneros populares, dos anos 50 aos 90!

Freddie Francis - o idôneo do fantástico

Ready for Freddie?! Diretor e fotógrafo inglês de notável carreira nas duas atividades. Frederick Francis (1917 - 2007) teve uma lendária carreira na fotografia e uma notável predileção pelo gótico e terror. Na direção, Francis foi eficiente na média pop do fantástico em diversas ocasiões e isso o destaca como um dedicado artífice mais do que um pretensioso visionário ou revolucionário. Um idôneo do cinema de terror. O formato old school de filmes em episódios, como Dr Terror House of Horrors, Tales of Witness Madness ou Torture Garden, vale como registro histórico do pulp cinematográfico. Modelos clássicos insuperáveis.

Pete Walker, o anti-aristocrata.

Um curioso caso de diretor que assumiu o cinema B, o esculacho em um meio produtivo que sempre buscou a austeridade formal. No aristocrático cinema inglês as eminências em filme pop-trash são raríssimas e Pete Walker é certamente o nome mais importante do segmento.

Jorge Grau

Foi-se neste dezembro de 2018 o diretor espanhol Jorge Grau, que será para sempre lembrado como o responsável por um dos maiores filmes de zumbis da história, o cult The Living Dead at Manchester Morgue. E uma sessão dedicada a diretores já estava planejada há tempos aqui no Black Phillip. Então o blog abre uma nova série de postagens com este modesto e admirável profissional dos filmes que teve especial relevância aos fãs do cinema fantástico.