Bull (Reino Unido, 2021)
Com Neil Maskell, Kevin Harvey, Kellie Shirley, David Hayman, David Nellist, Mark Springer, Henry Charles, Yassine Mkhichen, Lois Brabin-Platt.
Menina veneno. Aventura em nível porradaria que engaja qualquer espectador ávido por sangreira gratuita, mas esta (e sua sequência) é daquelas produções que fica num estreita e perigosa linha entre a indulgência e as promessas não cumpridas. Becky é uma adolescente que perdeu a mãe recentemente e não está nem um pouco ajustada ao drama quando seu pai anuncia o noivado com uma nova companheira. A reunião do grupo em um chalé na floresta pode se tornar um encontro traumático para a jovem.
Duro de morrer. Coprodução entre Finlândia e Reino Unido que parte do básico narrativo para o absurdo impossível e só vai ser tolerável como um desenho animado com gente. Imagine o Pica-Pau contra o Urubu Malandro para ter uma ideia da construção dramática proposta.
Porrada B. Suspense B que se sai bem em suas limitações. Em New Jersey, Bishop é um pastor popular em sua comunidade, sempre pregando a tolerância e a compreensão, mas quando sua filha é morta misteriosamente na estrada ele se empenha em descobrir o culpado. A ajuda de um detetive encarregado no caso, pode levar a uma reviravolta inesperada para o pastor.
Esta cidade está tomada pelos verdadeiros patriotas americanos.
Não há nada que não possa ser piorado! Suspense bacana que dá sequência à saga Purge como o quinto filme. A variação agora é que grupos armados por todo o país se organizaram para estender a noite Purge indefinidamente até a limpeza da nação! Centrando o drama no conflito racial na fronteira do México, o filme apela a insatisfações muito atuais no tocante à intolerâncias étnicas, sociais e políticas. E enquanto os filmes anteriores caracterizavam a ação como premeditada por grupos dominantes, agora são os dominados que também participam da matança permitida.
Trilogia de três. Terror de estreia do roqueiro Rob Zombie, um sujeito que viveria em um mundo diferente não fosse sua polêmica versão de Halloween que despertou a ira de muitos. Entre adoradores e detratores, Robert Cummings é o caso recorrente do típico adolescente classe-média que cresceu consumindo cultura pop e agora se dedica a ela com devoção de fã. Mais ou menos como a fotógrafa Cindy Sherman só que sem o lado nerd-artístico (veja Mente Paranoica). Zombie é o eterno diletante à distância, um cara que idolatra o blues de barracão, mas vive na segurança urbana. Adora o desvirtuado na cultura, mas não vai além de ser um pulp nutella. Adora a porralouquice do rock, mas nunca será um Iggy Pop. Então ele faz o que pode na aproximação possível ao que gosta. Veste-se de acordo, faz cara de maluquinho, vai gravando seu rock e dirigindo seus filmes. Até aí, nada de mal, 90% (senão 100%) da produção pop atual faz o mesmo.