Mostrando postagens com marcador Top10. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Top10. Mostrar todas as postagens

14 de fevereiro de 2023

Anos 2010 - dez clássicos

Hereditary


O cinema digital reina absoluto e com seus recursos facilitados, muitos se lançam à produções mais baratas para a captura e pós-produção. Assim o cinema parece viver uma espécie de renascimento internacional. Talvez seja um pouco cedo para destacar clássicos, mas aí vão eles, só pra cumprir a página. Como característica clara, temos a explicitação do body horror, a incorporação de discursos contemporâneos de empoderamento feminino ou étnico, e a revisão da mitologia pop criada no próprio cinema, em filmes como Train to Busan ou O Último Exorcismo, entre muitos outros.

7 de fevereiro de 2023

Anos 2000 - dez clássicos

Frontier(s)


A produção digital é uma realidade consolidada e a indústria norte-americana mais do que nunca recicla seus conteúdos e até estéticas de época, ambientando muitos filmes nos anos 70 e 80. O barateamento pelos meios digitais faz renascer (ou nascer) a produção pop em mercados insuspeitados. Muitos mercados de produção antes inexpressiva ingressam e aparecem na mídia e streamings via filmes de terror e fantasia. Com o esgotamento de roteiros e ideias, o mercado americano se abre a influência externa, especialmente o terror oriental. E o extreme francês aponta para novas liberdades em explicitação de violência como um teste de resistência ao espectador.

5 de fevereiro de 2023

Anos 90 - dez clássicos

Silence of the Lambs


A indústria americana se consolida ainda mais como detentora da produção popular e a reciclagem de conteúdos é a regra. Novas possibilidades gráficas se insinuam com o rápido desenvolvimento dos meios digitais. Os roteiros começam a empregar a sofisticação e multi-referências seja pela variação de conteúdo, seja para disfarçar conteúdos pueris. No último ano da década o sucesso de A Bruxa de Blair antecipa o independente e a alternativa do baixo orçamento para a era digital.

26 de janeiro de 2023

Anos 80 - dez clássicos

Nightmare on Elm Street


Quase como reação aos anos 70, os 80 foram marcados pelo conservadorismo, orientação juvenil e pelo avanço implacável da produção industrializada norte-americana e declínio na produção europeia. É a era dos Blockbusters e dos Home-Videos. O VHS invade o espaço residencial intensificando o consumo de filmes tornando-os itens corriqueiros de consumo em massa. Com a decadência dos grandes centros urbanos, os cinemas se instalam em shoppings. O cinema slasher encontra a fórmula simplista básica do sucesso com adolescentes em perigo na mão de assassinos seriais. Sucessos como Sexta Feira 13A Hora do Pesadelo, Fright Night ou Poltergeist revelam um público forte para o fantástico e justificam maiores investimentos na confecção dos filmes. E o cinema de baixo orçamento encontra seu público fiel em geniais esculachos artísticos como Street Trash e Basket Case, por exemplo.

25 de janeiro de 2023

Anos 70 - dez clássicos

Texas Chainsaw Massacre


Período riquíssimo depois da maturidade do cinema, e das mudanças da década de 60. Com o cinema de gênero consolidado e produzindo industrialmente e as ousadias do cinema independente plenamente incorporadas, Europa, América e Japão tiveram uma liberdade sem precedentes em suas demências e explicitações e desvirtuações. É possível que não tenha havido nenhum outro momento histórico mais incorreto politicamente do que este. Para cada produção tecnicamente mais embasada, como O Exorcista, por exemplo, tínhamos a intuição mais livre de um filme como O Massacre da Serra Elétrica, ou a estilização delirante de Suspiria. Saudosismos à parte, não houve um período tão doido, rico e produtivo quanto os anos 70!

22 de janeiro de 2023

Anos 60 - dez clássicos

The Trial


A cultura jovem marca a década com a evolução do rock e da cultura de massa. As revisões críticas sobre as estruturas sociais e a indústria cultural lançam questionamentos e propõem alternativas revisionistas. O cinema de gênero se reforça e ganha as bilheterias. Em um período de grandes mudanças estéticas e comportamentais é curioso constatar um clássico "velha guarda" como The Flesh and the Fiends e a ousadia pioneira de The Penthouse, sem contar as diversas tentativas de "estilizar" o thriller depois de Psicose. Em uma década de rupturas, grandes produções de moldes clássicos conviviam com o novo cinema independente. A Golden Age cedia espaço definitivamente à Nova Hollywood.

21 de janeiro de 2023

Anos 50 - dez clássicos

Les Yeux Sans Visage


O cinema em período de maturidade artística e financeira e plena recuperação econômica depois da guerra, investe na produção tanto de ambição artística quanto de apelo popular. A concorrência da TV e a explosão da cultura jovem via rock'n'roll fazem a ruptura entre a Golden Age e a cultura de massa contemporânea. Em paralelo à produção norte-americana, diversos mercados florescem em qualidade, lançando grande quantidade de filmes e consagrando-se nas bilheterias. O cinema autoral ganha notoriedade. A inglesa Hammer Films revive os monstros da Universal em novas versões, coloridas e sangrentas. A América descobre o público do filme B e o cinema de gênero se delineia mais fortemente.

19 de janeiro de 2023

Fome Animal

Braindead (Nova Zelândia, 1992)

Diret Peter Jackson
Com Timothy Balme, Diana Peñalver, Elizabeth Moody, Ian Watkin, Brenda Kendall, Stuart Devenie, Jed Brophy.

Braindead


Lionel, sua mãe comeu o meu cachorro!

Melhor filme do mundo. Clássico do terror-escracho que extrapolou todos os limites em sua maratona de absurdos em progressão. Depois dos experimentais Bad Taste e Meet the Feebles, Peter Jackson se empenhou nesta produção de maior porte, tanto financeiro quanto técnico. O resultado projetou seu nome internacionalmente como o mais bem sucedido empreendedor em cinema alternativo.

17 de janeiro de 2023

Inverno de Sangue em Veneza

Don't Look Now (Inglaterra, 1973)

Diret Nicolas Roeg
Com Julie Christie, Donald Sutherland, Hilary Mason, Clelia Matania, Massimo Serato, Renato Scarpa, Leopoldo Trieste. 

Inverno de Sangue em Veneza


Alerta vermelho. Clássico do fantástico moderno, baseado em novela de Dauphne Du Maurier (Not After Midnight). É possível que Inverno de Sangue em Veneza não tenha tido maior repercussão por ter sido obscurecido por O Exorcista, que é do mesmo ano? Pode ser... vai saber, como diria John, "nada é o que parece". O bom é que o filme passa no teste do tempo e mantém sua força intacta, principalmente por sua construção cinematográfica.

11 de janeiro de 2023

Anos 40 - dez clássicos

The Body Snatcher


O mundo em guerra e o cinema (talvez só o fantástico) em uma encruzilhada entre o romantismo clássico e a nova era que se impunha em novos conceitos tecnológicos, ideológicos e especialmente em novos conceitos de destruição e violência. Os filmes de Val Lewton para a RKO marcam a década com suas sutilezas encantatórias enquanto a Universal esgotava as repetições e variações em sua clássica série baseada nos monstros literários. O noir e o thriller apostam na corrupção humana mais do que em ameaças sobrenaturais e algumas produções fora da massiva fábrica hollywoodiana começam a se destacar como La Corona di Ferro ou Dead of Night.

Anos 30 - dez clássicos

Frankenstein Boris Karloff


Na primeira década de cinema sonoro, o fantástico se fez notar nas produções da Universal que marcaram sua época adaptando os modelos do cinema mudo e do expressionismo para a linguagem dinâmica da tela grande. O alemão Vampyr faz história apontando a aspirações mais ambiciosas no cinema fantástico. Enquanto isso, Hollywood, oscilando entre sutilezas e explicitações antes da censura autoimposta, lança na cultura pop as inesquecíveis figuras de Frankenstein e King Kong.

17 de março de 2019

Top 10 do Black Phillip

Top 10 Terror

Meio óbvio esse Top 10, mas esses são os filmes que mais me pegaram desprevenido. Aqueles que no meio da sessão você fica de boca aberta, "mas como assim?!", "o diretor pirou?!", "onde essa pohha vai parar?!". Daqueles que mesmo você assistindo já sabendo que é clássico consumado, surpreendem além da medida. Então aí vão, sem ordem de importância, dez filmes que justificam a existência do cinema enquanto ferramenta de criação para transcender o corriqueiro. Antes que alguém reclame, eu mesmo já reclamo: faltou Cronenberg, Lynch, Carpenter, Hitchcock!!! Mas é o preço a pagar por fazer seleções...

13 de junho de 2018

Terror nas Trevas

L'Aldilá/The Beyond (Itália, 1981)

Diret Lucio Fulci
Com Katherine MacColl, David Warbeck, Cinzia Monreale, Al Cliver, Veronica Lazar.

Terror nas Trevas
"No dia em que as portas do inferno forem abertas,
os mortos vagarão pela Terra"

A generosidade de um diretor! Um dos melhores momentos do mestre da podreira Lucio Fulci! A jovem Liza herda um velho hotel na Louisiana e o reforma para novas atividades, mas misteriosos eventos começam a ocorrer no local e imediações. Lisa é avisada do perigoso local que supostamente abre uma das sete portas para o inferno, como diz a lenda registrada no livro de Eibon! Entra a misteriosa cega Emily, que avisa sobre a lenda e o perigo de permanecer no local. Mas Liza desconsidera os avisos até que começa a ter visões do feiticeiro Schweick, executado por moradores locais nos anos 20!

6 de março de 2017

Mórbida Curiosidade

Peeping Tom (Inglaterra, 1960) 

Diret Michael Powell
Com Karl Bohem, Anna Massey, Moira Shearer. 

Clássico dos filmes doentes! Junto a Psicose, este foi um dos atualizadores do cinema de terror e suspense ao utilizar desarranjos do comportamento humano como fonte para terror. Ao contar a história de Mark, um cinegrafista fascinado (e traumatizado) com o medo e o registro fotográfico da expressão aterrorizada de suas vítimas, o diretor Powell inclui em seu abrangente discurso, artistas e espectadores como participantes de um jogo sádico de vigília pela vida alheia (mesmo que sejam só personagens). O cinema é basicamente isso, da apelação exploit ao sadismo do espectador. Powell sabe que cada um de nós é um sádico apreciador da desgraça exposta (menos eu que sou normal) e isso é a coluna central da estrutura de Peeping TomSabemos direitinho sobre a mórbida imaginação de Mark quando aponta sua câmera pela janela como um sniper (Scorsese tem uma cena semelhante em Taxi Driver, quando De Niro testa a mira de uma arma pela janela).

11 de janeiro de 2017

O Despertar dos Mortos

Dawn of Dead (EUA, 1978)

Diret George Romero
Com Ken Foree, Gaylen Ross, David Emge, Scott Reiniger.
O Despertar dos Mortos

Quando não houver mais espaço no inferno... Pode ser eleito o melhor filme de zumbis de todos os tempos? Felipe Preto julga que sim! Dez anos depois de inaugurar a marcha dos living dead, George Romero contou com a ajuda de Claudio e Dario Argento na produção do que deve ser o primeiro épico de terror do cinema. Geralmente condicionado a locais fechados e escuridão noturna, o gênero teve aqui uma nova abordagem pelos espaços amplos, diurnos, além do shopping luxuoso onde se passa grande parte da ação.