C.H.U.D. (EUA, 1988)
Midnight Home Movies. Clássico B dos tempos do VHS. CHUD é daquelas tosqueiras queridas por toda uma geração que expandiu seu vocabulário em cinema nos tempos áureos do homevideo, quando a gente pegava duas aventuras, três terrores, um faroeste... e disfarçava um pornozão no meio do pacote!
Começa no drama profissional do fotógrafo ranzinza George Cooper (John Heard) que, em seu trabalho de registrar a vida dos sem-teto novaiorquinos, se aproxima de seus dramas e personagens desajustados. O envolvimento o leva a descobrir que os misteriosos desaparecimentos, que mobilizam a polícia local, podem estar ligados a criaturas que habitam os subterrâneos da cidade. Entre as descobertas encontra-se monturos de lixo radioativo que podem estar causando mutações nos habitantes excluídos.
Dividindo a ação entre o fotógrafo, um detetive e um ativista que dedica cuidados aos moradores de rua, o filme se equilibra em uma dinâmica bem decente. CHUD é de uma simplicidade constrangedora no roteiro que junta ideias alheias no folclore do pop fantástico de massa, sendo facilmente identificáveis as influências dos filmes de monstro da era atômica, a negligência de autoridades (como em Tubarão), o anti-herói que não desperta simpatia, e por aí vai indo em sua despretensão francamente nível B. E o que garante o show é mesmo a autenticidade porca dos subterrâneos e becos em um estética maravilhosamente encardida. Pena que os monstros canibais apareçam pouco... Ligeiro e despretensioso, CHUD é daqueles filmes que garantiu seu espaço na memória afetiva do espectador desvirtuado e pode ser apreciado sem problemas no lazer contemporâneo (se até os filmes da Troma estão recebendo relançamento em 4k, tem espaço para todos...)
• Cena rápida com John Goodman em início de carreira (se isso importa).
Black Phillip já sabia 👿👿👿
![]() |
CHUD I stay or CHUD I go? |
Nenhum comentário:
Postar um comentário