O cordão dos rejeitados... Rejeitados por Deus, pelo Diabo, por todo mundo. Misfits. Desajustados. Na forma de psicopatas ou simples incompreendidos, os desajustados são garantia de personagens sempre interessantes desde M de Fritz Lang. São um elemento forte para dramas sociais e agora estão resgatados pelas narrativas de terror como um ingrediente que garante delírios estético-narrativos. Todo mundo em alguma medida se identifica com a exclusão, a rejeição, mas ninguém quer esse tipo de protagonismo.
26 de fevereiro de 2022
22 de janeiro de 2022
As Loka
Muierada surtada. Antes da era do empoderamento, personagens femininas tiraram o protagonismo masculino, na questão psicótica, em diversas ocasiões. Estudos mais sérios como no pioneirismo étnico de Duel in the Sun (1946), a marginalidade em I Want To Live (1958), ou a esquizofrenia em Three Faces of Eva (1957) e ainda Images (1972) – e todos os filmes de Andrzej Zulawski – pareceram exceções à regra do protagonismo masculino.
13 de dezembro de 2021
Seitas - os infiltrados!
30 de outubro de 2021
Antologias - terror em pequenas doses.
A hora da aglomeração. Nem todas as ideias se dão bem em 90 minutos de narrativa. Compostas por aglomerados de curtas metragens as antologias de horror foram possivelmente as que mais aproximaram o gênero ao formato de contos em seu espírito folhetinesco de apresentação. Marcaram época nos anos 60 e tiveram seu auge nas produções inglesas no começo dos anos 70. Atualmente as antologias têm servido à reunião (sem muito critério) de novos talentos em produções de menor porte e que através da composição de um longa ganham a chance de maior exposição. Confira 20 destaques.
7 de setembro de 2021
Welcome to the Jungle - exploitation e mosquitos.
A grande família Tarzan. Aventuras na selva proporcionam espetáculos no cinema desde O Mundo Perdido dirigido por Marian C. Cooper em 1925. O fascínio do mundo selvagem quando o homem branco é colocado lá de volta, após uns milhões de anos, é show apelativo garantido. O cenário serviu a muita coisa no cinema-pop entre ficção, terror, e a simples aventura de matinê e passando pelo corriqueiro das aventuras de selva como Jim das Selvas (1948), A Estrela do Sul (1969), ou o cinema-pipoca de Tudo Por Uma Esmeralda (1984), Predador (1987), Jumanji (1995, 2019), ou Sheena (1984) que só serviu para ver a Tanya Roberts sem roupa.
11 de junho de 2021
Casais do barulho aprontando altas confusões.
Dia dos namorados macabros. É mais comum ver o killer no cinema como uma ameaça individualizada, uma mente desgarrada, enlouquecida que precisa de um tratamento, adequação, confinamento. Mas quando a ameaça envolve ambos os sexos e é fruto de um comum acordo entre envolvidos aí a coisa fica mais incômoda (até porque é muito mais perto do real). Então o desregrado macho e desregrada fêmea estão unidos pelos sagrados meios da contravenção, subvertendo a lógica primitiva do macho que vai pra guerra e a fêmea que incuba e preserva a vida. Casais killers são a consumação da destruição total!
2 de junho de 2021
Terror e Ficção - Os opostos se encontram - Parte 2
22 de maio de 2021
Remember the Mexico - sombreros macabros!
31 de março de 2021
Terror e Ficção - Opostos se encontram?
14 de março de 2021
Depósito de filmes ruins. O cinema inadvertido!
8 de março de 2021
The Plague of Lighthouse Keepers
A maldição dos guardiões do farol. Com esse título roubado do épico do grupo Van Der Graaf Generator, vamos aqui com um punhado – bem menos do que eu esperava – de filmes ambientados em faróis costeiros. O sonho dos reclusos e antissociais, que tanto significa o tão sonhado isolamento em um trabalho temporário quanto a possibilidade de enlouquecer definitivamente nas condições diferenciadas de percepção. Na paradisíaca condenação da vida no farol tudo passa a ter um significado outro. E a percepção alternativa sobre companhia, sobre existência e passagem de tempo geralmente foi tratada nos filmes como passaporte para a loucura. O francês Gardiens de Phare (Ligthouse Keepers) de 1928 já explorava essas bases dramáticas com o isolamento pela tempestade e a loucura advinda da situação, assim como explorava a visualidade cativante em sua notável dinâmica estética.
25 de janeiro de 2021
Coleção Primeiros Passos - Ninguém começa por cima...
20 de janeiro de 2021
Horror Cósmico - agora em dominação pública!
Horror cósmico – um termo usado e popularizado recentemente, mas que já tem muita história no cinema e antes ainda na literatura. Com a multiplicação de edições da obra do escritor H. P. Lovecraft em nosso mercado, o "horror cósmico" passou a ser amplamente comentado. Mas é preciso definir as restrições seletivas senão qualquer filme de espaço com terror vira terror cósmico como Alien por exemplo ou Event Horizon. E que tal Marte Ataca ou O Predador? Ué, são ameaças que vêm de outros mundos, assim como o clássico The Thing (Enigma de Outro Mundo, 1982)... Mas o terror cósmico é mais voltado ao mistério e não trata de inimigos que podem ser vencidos a bala. E o 2001, que dá um medo danado pelas evoluções finais na vida do astronauta Bowman? Horror cósmico? Não mesmo!
4 de outubro de 2020
Espanha - castanhola-terror!
14 de maio de 2020
Pandemia - mais eficiente que meteoro!
Não se fala em outra coisa no planeta Terra! O assunto recorrente no mundo contemporâneo é a aventura alarmante de uma poderosa infecção que faz com que olhemos para o mundo ao nosso redor como se estivéssemos uma saga cinematográfica de ameaça total! O que as ficções usaram apelativamente, ou mesmo de forma fundamentada, agora vivemos na realidade!
19 de abril de 2020
A Sociedade Secreta do Cult Movie!
A hora dos esquisitões! Em inglês exquisit quer dizer peculiar, distinto, de poucos similares. Em português o termo ganha um significado de segregação, quase de exclusão. Mas para bom entendedor "esquisito" pode ser uma virtude alternativa das mais bem vindas!
Durante e a história do cinema, a busca pelo gosto padrão das massas sempre foi o norteador da produção. Os filmes têm que se pagar nas bilheterias e assim quanto mais gente gostar melhor. Mas temos a parcela da produção que prefere "entrar pela janela" e deixar a porta para o convencionalismo. Aqueles que arriscam produções mais ousadas em alternativas de linguagem e experimentos estéticos distintos.
13 de março de 2020
Cobaia Humana
Gente no aquário! O confinamento humano observado sadicamente à distância é um exercício tanto fascinante quanto doentio. O cinema – e as narrativas em geral – têm esse fascínio como fundamento para toda e qualquer desgraça, tragédia, drama. Todo mundo sabe que não é real, mas a morbidez curiosa pelo destino alheio embasa as narrativas desde tempos remotos. A desgraça alheia é fundamento do espetáculo desde a tragédia grega. Na velocidade da cultura eletrônica de massa, do mundo cão, dos tabloides sensacionalistas, do fascínio dos realitys e dos noticiários do dia-a-dia, temos o cinema sempre jogando lenha nessa fogueira em presenciar a desgraça do outro.
18 de fevereiro de 2020
O espírito da coisa!
Fantasmas, espíritos, espectros! Personagens imemoriais no folclore mundial e nas narrativas fantásticas. Nos romances e contos do século XIX, espíritos ganharam a forma e significados usados ainda hoje como agentes manifestados de ações sobrenaturais. Shakespeare introduziu o fantasma de Banquo para sinalizar o início da desgraça de Macbeth. Em A Casa das Sete Torres, Nataniel Hawthorne diz que fantasmas não existem, mas se existissem certamente que aquelas formas espectrais que passavam atrás da cortina seriam fantasmas...
21 de janeiro de 2020
Os 20 Maiores Filmes da História da Humanidade de Todos os Tempos do Planeta Terra do Universo!
O melhor do melhor do mundo! Pelo menos para o Felipe Preto que faz aqui uma seleção de vinte filmes imprescindíveis, mas sem ficar restrito ao terror e ao fantástico (que estão no Top 10 do Phillip). Não tem Fellini, nem Cronenberg, nem Tarkovski!!! Bem... são só vinte escolhas...
26 de dezembro de 2019
New apocalipse!
Apocalípticos reintegrados! Impressão minha ou está mesmo havendo um surto de filmes de destruição recentemente? A quantidade de produções trazendo invasão alienígena ou a velha e boa catástrofe natural dos tempos do cinema-catástrofe parece estar sendo revisitada com muita vontade. A destruição massiva, que teve apelo emocional garantido e sucessos marcantes desde As Chuvas de Ranchipur (1955) ou São Francisco, a Cidade do Pecado (1936), virou gênero consolidado e foi sucesso de bilheteria nos anos 70, com Terremoto (1974), Destino do Poseidon (1972) e especialmente Inferno na Torre (1974). Também foi alvo de muita crítica por seu caráter descaradamente simplório e apelativo.