Alive (Canadá, 2018)
Com Camille Stopps, Thomas Cocquerel, Angus Macfadyen.
Experimento em filme. Suspense que antecedeu a fórmula econômica da era-covid com sua produção de cenário único e elenco mínimo. É um filme que exige um pouco de paciência de quem assiste, mas considerando seu conteúdo minimalista (bem minimalista) até que o resultado é apreciável. Conta o sufoco de dois pacientes, um homem e uma mulher, que acordam desmemoriados em uma suspeitíssima instalação hospitalar e são cuidados por um igualmente suspeito médico. O bom doutor faz de tudo na instalação, faz curativos, estimula exercícios, faz a comida e a faxina.
O homem e a mulher se recuperam gradualmente e logo que podem conversar tentam se conhecer, mas não lembram de nada de suas vidas, nem de seus nomes! E o doutor começa a se mostrar irritadiço e agressivo quando seus pacientes não colaboram com as atividades. Logo que recuperam forças e consciência surge a dúvida: melhor deixar o suspeito doutor levar o tratamento adiante, ou já é hora de escapar daquele inferno?
Alive é um pequeno conto macabro que foi estendido em um longa metragem de forma bem decente por seus realizadores. Praticamente não há história a ser desenvolvida e o filme é mais um exercício atmosférico do que qualquer outra coisa. Corre o sério de risco de cansar a paciência por sua situação sem variação e a visível precariedade de elenco e apelações baratas (como os jumps sonoros até quando não são necessários), em algumas stupid actions, mas incrivelmente, não cansa! Com um cenário único (o velho hospital) e apenas os três atores (e um rottweiler), Alive consegue o básico de um thriller que é manter a expectativa ligada. Claustrofóbico e sufocante, se mantém notavelmente bem entre as apelações corriqueiras e um genuíno suspense. Justamente por sua simplicidade sincera acaba ganhando a simpatia de quem assiste. Uma aula em filme sleazy que poderia entrar em qualquer curso de cinema.
• Nojinho: hora da refeição.
Expectativa 🩹 Realidade 🩹🩹
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