Amulet (UK, 2020)
O universo feminino tem seus motivos. Curioso terror em coprodução entre Reino Unido e Emirados Árabes. Tomas é um ex-soldado vivendo sem lar em Londres e fazendo pequenos serviços na espera de que o conflito em seu país tenha terminado. Uma freira lhe apresenta a jovem Magda que vive em um velho casarão cuidando de sua mãe doente. Tomas aceita morar no local em troca de serviços de manutenção até começar a desconfiar que as dores da velha mãe podem ter origem sobrenatural.
Tomas não se adapta a nova situação, as dores e gritos da velha senhora são apavorantes, os bolores pela casa toda parecem impossíveis de remoção até que ele descobre o que deve ser um embrião de morcego que não desceu no sanitário! Paralelamente ele tem pesadelos com seu período de vigília de fronteira e da relação com uma civil fugitiva. Mas Tomas não abandonará a nova situação pelo crescente interesse Na bela e frágil Magda e seu tormento diário. Sem perceber, ele pode estar sendo envolvido em uma teia de onde não poderá escapar.
Amulet então é um terror bastante original que merece atenção sem reservas, mas que tem alguns problemas em sua estrutura ambiciosa. Talvez o receio da diretora em dar um grande spoiler sobre o destino de Tomas e suas justificativas tenha influenciado demais a curva narrativa, que de tão sutil chega a ser difícil de perceber durante sua constituição. Porém o filme tem o poder de manter o interesse por toda sua narrativa com a inserção gradual do fantástico e detalhes desconcertantes. Além de propor outras leituras no conflito entre masculino e feminino onde Tomas é o único macho da trama. Mas no universo feminino de Amulet os machos não servem para muita coisa.
Além da palavra-chave "terror" o filme referencia ingredientes diversos, como vampirismo, força maligna e até rape-revenge, mas não cabe em nenhuma dessas tags!
Expectativa 🦇🦇 Realidade 🦇🦇
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