23 de outubro de 2020

Prey

Prey (EUA, 2019)

Diret Franck Khalfoun
Com Logan Miller, Krystine Froset, Jolene Anderson, Jerrica Lai.



O alerta da forma... Terror e aventura de um diretor que parece ainda estar sondando possibilidades criativas em seu ofício. O jovem Toby, passa por um evento traumático e a perda do pai em um assalto. Para se reabilitar ele é introduzido ao programa Lost & Found. Entre estratégias de ressocialização Toby é levado a uma espécie de tratamento de choque em um dia de isolamento e sobrevivência em uma ilha deserta. Supostamente deserta... 

Logo ao cair da noite ele será visitado por alguma entidade que se esgueira pela mata. Então o inesperado: a atendente social que viria buscá-lo na manhã seguinte é morta e Toby conhece a bela Madeleine (Krystine Froset de Apóstolo), remanescente de uma sociedade religiosa que habitou a ilha e que inadvertidamente despertou uma força maligna! Madeleine se vira muito bem pela mata com sua faca, mata e frita porquinhos e colhe cocos para Toby matar a sede. E ele a segue como alternativa imediata de sobrevivência. Mas a bela tem segredos envolvendo sua mãe super protetora.

Curioso e tentando explorar alternativas de conteúdo, Prey é mais ou menos uma mensagem na garrafa à deriva do interesse público. O grande mérito do diretor Khalfoun é o de não ter medo e arriscar e ele insere ingredientes diversos na receita. Pena que não os cozinha devidamente. Abrindo com a situação traumática do assalto, o filme vira uma jungle adventure por muito tempo com Toby se adaptando à selva para depois chegar a uma banal situação de possessão, quando entra em cena a mãe de Madeleine. Tem seus grandes momentos (com a entidade de chifres), mas as pistas falsas diluem o bom suspense. Com todos esses ingredientes (drama, aventura, investigação, terror) cozinhando na mesma temperatura, e rivalizando em importância, o filme perde um tempão preparando um epílogo que nem é grande coisa... 

A necessidade em surpreender a qualquer custo pode estar pondo em risco o cinema pop contemporâneo. Este é um grande exemplo de produção que se perdeu por tentar fugir de ser um simples filme B de terror e tentar, sem necessidade nenhuma, sofisticar sua forma com a construção dramática da parte inicial.

• De arrepiar: a sombra na caverna atrás de Toby.
• Em uma carreira ainda oscilando entre erros e acertos o diretor teve melhores momentos em P2 e Maniac.

Expectativa 😈😈     Realidade 😈😈

The more I prey, the more assombration appears...

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