O Espelho

Oculus (EUA, 2013) 

Diret Mike Flanagan
Com Karen Gillan, Brendon Thwaites, Katee Sakhoof, Rory Cochrane, Annalise Basso.

Pegadinhas do além! O diretor Mike Flanagan tem se destacado no terror moderno com filmes respeitáveis. Este Oculus é um grande exemplo de cinema despretensioso e dentro dos padrões de consumo, mas é tão bem feitinho e inteligente que se destaca imediatamente e merece todos os elogios.

Karen e Brendon são irmãos e se fecham em sua velha casa para destruir um espelho maligno que vem influenciando pessoas e provocando mortes há séculos! As últimas vítimas foram seus pais! Karen está especialmente empenhada na destruição da peça e prepara diversos recursos para cumprir seu objetivo.

Câmeras, monitores e até uma âncora em um pêndulo preso no teto para dar um fim ao maligno objeto! Ué, uma marreta não resolve?! Resolveria se o espelho não tivesse poder sobre a percepção e ação das pessoas!!! E aí temos o ponto principal de sustento da trama: como saber o que é real e o que é induzido pelo espelho quando se está próximo dele?! Mais do que simplesmente influenciar ou enlouquecer as pessoas, o espelho é capaz de criar uma percepção alterada do real na mente de sua vítimas! E isso é muito mais interessante (enquanto cinema) do que apelar a espíritos e demônios que saltam sobre as pessoas.

Muito bem narrado na alternância de tempo passado e presente, para criar a dosagem certa de informação, construir a história dos irmãos e gerar suspense. Primoroso e didático em sua montagem, que também é do próprio diretor Flanagan. Uma aula de suspense que dispensa surpresas baratas e violência. Oculus é, antes de qualquer coisa, cinema bem feito! É terror-pipoca, mas é do bom!

• Sequência preferida: quando os irmãos assistem a filmagem na sala e se veem movendo objetos sem consciência do que haviam feito!

• Flanagan não dirigiu Atividade Paranormal como é dito aí na capa do DVD.

Expectativa 😈😈  Realidade 😈😈😈