20 de julho de 2022

O Telefone Preto

The Black Phone (EUA, 2021)

Diret Scott Derrickson
Com Mason Thames, Madeleine McGraw, Ethan Hawke, Jeremy Davis, James Ransone, E. Roger Mitchell, Troy Rudeseal, Miguel Cazarez Mora. 

The Black Phone

Dentro da caixa. Terror na média boa da produção contemporânea. Baseado em conto de Joe Hill, que integrou a coletânea Fantasmas do Século XX, traz o diretor Scott Derrickson de volta ao terror que o consagrou com Exorcismo de Emily Rose, Sinister e Livrai-nos do Mal, depois do sucesso pop de Dr Estranho. Derrickson não topou dirigir a sequência de Dr Estranho e o temos aqui de volta às atmosferas sufocantes e jump scares que caracterizaram seu cinema. Ainda bem!

The Black Phone é ambientado nos anos 70 (período/estigma para a terror-pop contemporâneo), e conta o drama de uma cidadezinha americana onde crianças são raptadas por uma misteriosa figura para um jogo macabro de cativeiro e fuga. E quando chega a vez do garoto John Finney, somos levados ao covil subterrâneo onde diversas crianças ficaram encarceradas e foram mortas! O sequestrador mantém um jogo com seus encarcerados que consiste em deixar que saiam do porão enquanto ele monta guarda, sentado ao lado da porta de saída da casa. Mas o inesperado acontece quando o velho telefone do porão começa a tocar e Finney passa a receber mensagens dos garotos mortos antes dele!

Sufocante na sua produção classe A, The Black Phone é um primor em ambientação. Um pouco longo em seus 100 minutos, mas com um desenvolvimento tão legal que é fácil se deixar levar. Agora, pesa estranhamente o emocional em modo burocrático pela narrativa toda. Nenhum drama parece entusiasmar, especialmente o do garoto Finney, feito pelo apático Mason Thames. Assim a garota Madeleine McGraw rouba a cena em todos os momentos que aparece, com sua simpatia e força cênica, quase a ponto de desequilibrar o drama central. Ethan Hawke como o sequestrador está correto como sempre, sem excessos nem caretas. E o pacote se completa com as revelações e reviravoltas bem situadas, coisa que também já está se tornando clichê no gênero. Assim, The Black Phone cumpre sua demanda de forma idônea, sem pretensões "fora da caixa", equilibrando-se no estreito fio da produção moderna, entre o corriqueiro e a intenção em surpreender.

• Menção honrosa: a pavorosa máscara em partes alternáveis, desenhada por Tom Savini.
• Melhor jump: a vítima flutuando no escuro!
• Macabro fora de hora: o pai de Finney é a cara do Charles Manson!
• Eu ri, mas não devia: a morte de Max xeretando no porão!
• Melhor do melhor: o confronto final, com as armadilhas.

Expectativa 😈😈😈       Realidade 😈😈😈

The Black Phone

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