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17 de março de 2019

Top 10 do Black Phillip

Top 10 Terror

Meio óbvio esse Top 10, mas esses são os filmes que mais me pegaram desprevenido. Aqueles que no meio da sessão você fica de boca aberta, "mas como assim?!", "o diretor pirou?!", "onde essa pohha vai parar?!". Daqueles que mesmo você assistindo já sabendo que é clássico consumado, surpreendem além da medida. Então aí vão, sem ordem de importância, dez filmes que justificam a existência do cinema enquanto ferramenta de criação para transcender o corriqueiro. Antes que alguém reclame, eu mesmo já reclamo: faltou Cronenberg, Lynch, Carpenter, Hitchcock!!! Mas é o preço a pagar por fazer seleções...

12 de março de 2019

Diretores bissextos

Trabalharam menos que o Terence Malick! No mercado traiçoeiro da produção cinematográfica a briga eterna entre originalidade artística e modelos consagrados para as bilheterias deixou baixas notáveis pela história. Basta uma olhada na carreira de um diretor como Orson Welles para entender que o mercado cinematográfico é um meio onde pretensões a invenção quase nunca são bem recebidas. No eterno cabo-de-guerra entre investimento e retorno, propostas de risco para o cinema nunca são bem vistas pelos departamentos financeiros dos estúdios. Em uma linha de produção como a norte-americana então, invenção é suicídio!

15 de fevereiro de 2019

Pós Apocalipse - um dia isso tudo será seu...

The Road

Guerra nuclear? Meteoro? Impeachment? A ameaça da destruição total é um medo que preocupa o homem provavelmente desde que este se organizou socialmente. Na cultura de massa após a Segunda Guerra o conceito de destruição ganhou novo sentido e dimensão fosse no inconsciente coletivo, fosse como material para ficção sensacionalista. A destruição provocada pelo próprio homem.

1 de fevereiro de 2019

Desde Quando Andam os Walkers?...

A Noite dos Mortos Vivos

Antes de Psicose (1960) o cinema tinha nas criaturas fantásticas a forma mais perfeita de povoar nossos pesadelos. Sátiros, ciclopes, sereias, harpias, vampiros, a criatura de Frankenstein e até o amazonense monstro da lagoa negra, foram, invariavelmente, derivações da figura humana para a composição de um personagem sobrenatural.

11 de dezembro de 2018

O Estranho Mundo dos Filmes Estranhos

Taxidermia

Weirdos! Mais do que as machadadas, a violência ou brincar com as entidades sobrenaturais, uma das maiores virtudes (senão a principal) do cinema fantástico é a exploração da alternativa cinematográfica. A alternativa estética e narrativa, essenciais ao cinema enquanto aventura de criação.
Black Phillip separou aqui um punhado de esquisitices não necessariamente macabras, mas curiosas enquanto produto fílmico. Weird cinema. Quando o filme não precisa recorrer a convenções de gênero, ou melhor ainda, quando o filme intencionalmente evita convenções e se lança ao risco. Às vezes é um risco calculado, como um bungee jump, mas quase como regra, o resultado é no mínimo intrigante. Um refresco ao modelo consagrado pela industria e que nos é imposto por todas as vias de que essa industria dispõe.

10 de dezembro de 2018

20 Perdidos Numa Década Suja

Malditos, pervertidos, desvirtuados! Depois que os anos 60 impulsionaram uma mudança sem precedentes na produção cultural e uma liberdade de discursos bastante rica, coube à década de 70 assimilar as novas possibilidades e explorar ainda mais as liberdades conquistadas. Fosse do bom ou do pior, é possível que em nenhum outro momento na história da cultura de massa tenha-se visto a profusão cinematográfica de absurdos estéticos, políticos, financeiros ou de conteúdo, como os que foram produzidos nesse intervalo cultural entre a Golden Age e a moralização protocolada contemporânea.

11 de novembro de 2018

Empoderadas!


Talkin' bout the bad girls! Invariavelmente dominado pela orientação masculina na concepção e ótica narrativa, a produção cinematográfica vem cedendo à presença feminina há algum tempo. Claro que houveram as pioneiras em suas épocas, Ida Lupino, Agnes Varda, Jane Campion, mas eram exceções que confirmavam a regra. As lembranças de protagonistas femininas no cinema também são várias com as revolucionárias Brigitte Bardot e Jeanne Moreau em Viva Maria, Marilyn voando a saia em O Pecado Mora ao Lado, Catherine Deneuve em A Bela da Tarde, Gena Rowlands em Glória, mas também como as citadas diretoras, são casos isolados. Estrelas fetiche com a liberdade artística até onde lhes foi permitido. Jane Fonda por muitos anos caracterizou (nas telas e fora) a mulher independente e politizada, como Meryl Streep faria depois, e as protagonistas dos thrillers de Claude Chabrol também tiveram importância assim como as "mulheres de Almodóvar". Hollywood previu a nova era em filmes como Thelma e Louise, As Bruxas de Eastwick e Aliens, onde até o vilão é rainha!

21 de outubro de 2018

Tretas Políticas

#BlackPhillipSim. Para sempre destinada à polêmica, a discussão política curiosamente parece ter movimentos isolados na história do cinema. Nas sucessões históricas da cultura de massa os filmes sócio-políticos constituíram movimentos reconhecidos (como o neo-realismo italiano) ou geraram obras de presença isolada.

Os princípios de articulação política serão sempre polêmicos ao senso comum justamente por não se fundamentarem em princípio nenhum. A política é o terreno da articulação, da manobra, da estratégia segundo necessidades cambiantes. Esperar por "honestidade" ou "integridade" parece a mais absurda incoerência em se tratando de política envolvendo grupos de poder. Essa pode ser uma das premissas mais tentadoras a roteiristas e o cinema se valeu de situações político-sociais tanto para simbolismos delirantes como para obras francamente engajadas.

12 de outubro de 2018

Hotéis malignos!

O Iluminado

Depois da seleção de filmes de casas assombradas vamos agora com uma série de hotéis que desde O Iluminado perece que viraram elemento de grande rendimento ao terror. Sem esquecer do hotelzinho Bates. Se hotéis são o correspondente moderno aos castelos góticos então esse sub-sub-gênero no cinema de terror parece que ainda tem muito a dizer...

Giallo

Preludio Para Matar

Derivados de um cinema essencialmente gráfico que tem Psicose (1960) como um de seus maiores exemplos, o giallo foi um dos gêneros mais populares no início dos anos 70 e marcou época com sua estilização narrativa, assumido sadismo, erotismo e violência abusada. Seu ingrediente básico de roteiro era a decifração de um mistério narrada com um máximo de estilização gráfica.

31 de agosto de 2018

More Italian Sleazy


Mais podreiras italianas. Como foi dito na seleção anterior de sleazy, a abrangência é inalcançável e se continuar contando dá pra continuar fazendo seleções pra sempre. Então segue mais uma lista de 20 coisas B, trash, apelações. Algumas bem bacana de se ver, algumas que rendem mais do que comédias em seu inadvertido vale-tudo sem noção. Nesta lista a linha unificadora é a mistura de gêneros (em cada filme) o que faz com os título não pertençam, a rigor, a nenhuma linha de produção consagrada no consumo popular (giallo, erótico, poliziotteschi, gótico...)

23 de junho de 2018

Thriller das 5h

Thrillers ingleses marcaram época em um período em que a produção européia equivalia em quantidade e qualidade ao produto americano. Com o impulso produtivo do chamado "novo cinema inglês" de meados dos anos 50, com temáticas populares e dramas da classe proletária como A Taste of Honey ou Saturday Night and Sunday Morning, a industria foi experimentando seus gêneros próprios entre as aventuras colonialistas, os góticos e os dramas criminais estrelados por Stanley Baker. Entre eles destacou-se o gênero suspense, que vinha alcançando grande sucesso pelas produções dos estúdios Hammer.

3 de junho de 2018

My house! Black Phillip visita 20 casas assombradas!

Lembra do espírito de Conjuring 2 gritando "my house"? Aqui vamos com uma seleção de filmes em uma vertente de terror que pode ser a mais assustadora de todas! Confere? São filmes que atingem o espectador por um dos elementos mais corriqueiros da vida de todos nós, que é justamente uma casa, moradia, residência! Quem nunca: olhou para aquela sombra da cortina de forma suspeita depois de ver um filme destes?! Acendeu luzes do corredor só pra que ficassem acesas?! Deu um passo bem grande para subir no colchão só pra passar longe da sombra lá em baixo?!

26 de maio de 2018

Italian Sleazy Collection

Ma che cazzo?! Sempre que vejo reviews e levantamentos sobre trash, terror, thriller, sinto falta das podreiras made in Italy. Geralmente ficam de fora, a menos que sejam de consagrados mestres como Argento, Fulci, Lenzi. Por que isso acontece? A resposta é bem simples: tem tantos que não dá pra contar ou selecionar.

Italian Sleazy Collection
A linha exploit italiana tem coisas inacreditáveis em sua ousadia apelativa simplesmente porque procedem dos imperativos operísticos tipicamente italianos. Capiche? O que o público está pagando pra ver? Putaria e violência? Então toma! E muita coisa não foi devidamente conhecida em sua época na briga por distribuição e espaço nas bilheterias.

12 de abril de 2018

Enxame de Tubarões

Encha-me de tubarões! Vexame de tubarões... Aqui, uma das vertentes mais bem sucedidas na linha dos bichos nervosos que se voltam contra humanos: os filmes de tubarão! O desespero é garantido pela premissa mais básica das básicas: perninhas balançando na água, imobilização física no meio aquático e predador vindo em baixo! É um medo primitivo que os filmes exploraram muito bem e ainda hoje causa incômodo e vai sendo usado. Claro que precisa de um roteirinho bacana. Depois do Tubarão de Spielberg ter causado sensação em 1975, tivemos as muitas picaretagens oportunistas (Tintorera), variações (TentáculosOrca, Piranha, Barracuda, The Deep) e documentários (Morte Branca em Água Azul). Enfim, tudo que tivesse sangue e água tinha boa chance nas bilheterias!

24 de janeiro de 2018

On the Road

Seleção de aventuras na estrada! Derivando esteticamente dos faroestes, os road movies também serviram a questionamentos das bases civilizadas que supostamente nos orientam nesta época de evolução industrializada. Somos "civilizados" só quando tem testemunha por perto?! Nas estradas não tem ninguém vendo, então os princípios são outros?! E o prazer catártico da aventura em terra de ninguém é algo sintomático e assustador que coloca em questão nossos fundamentos morais.

18 de janeiro de 2018

J-Terror 2

Com muito cuidado e reservas, o Phillip se aventurou nos delírios do J-Terror contemporâneo. Dessa turma eu só conhecia o Battle Royal e já sabia que Takashi Miike é um cara perigoso! Então aí vai mais um punhado de filmes malucos que só poderiam ter sido feitos na terra do sol nascente! Como ligeira conclusão, é curioso notar os desníveis de qualidade entre produções caprichadas e outras assumindo o escracho B, o mesmo valendo para as ambições artísticas de cada obra...

J-Terror

Se oriente, rapaz! Black Phillip finalmente faz sua incursão ao horror japonês. Uma linha de produção que sempre causa surpresa pelos extremos e ousadias aos quais a cultura ocidental não está habituada.

9 de dezembro de 2017

Então é Natal!

Nada mais bizarro do que profanar a imagem do bom e assexuado velhinho amigo da garotada. A ideia de usar a tradicional e imaculada imagem do Papai Noel como agente de violência gerou um sub-sub-gênero muito divertido dentro do terror. Depois de alguns filmes nos anos 80, como a série Silent Night Deadly Night, a possibilidade virou palhaçada assumida mesmo e a ideia foi retomada pelos anos 2000 em diversos slashers vale-tudo.
Temos também os thillers passados em época natalina como Silent Night Bloody Night, Black Christmas, Dead End, Rare Exports, A Última NoiteLegend of Hell House e até ElvesGremlins, mas esses não tem o bom velhinho do machado.

19 de novembro de 2017

Quando o terror vai pro brejo!


Suspense in the wilderness! Um exercício em produção barata derivada de uma situação das mais básicas possíveis no suspense: gente perdida em local desconhecido é ameaçada por dementes que habitam a região. O drama Deliverance (1972) pode ter sido um dos primeiros modelos orientadores desse formato para a cultura pop moderna. Mas dá pra identificar esse princípio dramático até em aventuras como O Tesouro de Sierra Madre (1948) ou faroestes como Hombre (1967) que tinham essa célula básica de roteiro com gente fora de sua habitação e ameaçada por vilões. Outro exemplo prévio pode ser Cul De Sac (Armadilha do Destino, 1967) de Roman Polanski, com o grupo de pessoas isoladas por dois marginais que chegam ao local.