The Dark and the Wicked

The Dark and the Wicked (EUA, 2020)

Diret Bryan Bertino

Com Marin Ireland, Michael Abbott Jr., Julie Oliver Touchstone, Lynn Andrews, Tom Nowicki, Xander Berkeley.

Experimento em terror. Interessante proposta alternativa às fórmulas que invariavelmente regem as produções do mercado. Louise e Michael são irmãos e visitam a mãe em sua fazenda para auxiliar em um momento delicado: seu pai está acamado em quadro aparentemente irreversível. Mas logo todos os presentes, dos familiares ao vizinho e uma enfermeira que cuida do patriarca, serão afetados por uma presença maligna.

Partindo dessa premissa mínima o texano Bryan Bertino tem espaço de sobra na direção para explorar uma abordagem diferenciada e é justamente essa a justificativa de The Dark and the Wicked, explorar modos diferentes de contar uma história comum. Sendo assim o filme explora como pode os aspectos atmosféricos para a imersão do espectador e consegue muito bem um clima sobrenatural sem apelações estúpidas, sem jumps, sem histeria. 

Com sua fotografia de tons pastéis e luz difusa, o mergulho sombrio proporcionado pelo filme é notável. Assim como a sensação de ameaça constante em aspectos formais da própria estrutura do filme. Arrisco dizer que foi apenas Dario Argento que conseguiu essa sensação de insegurança usando a montagem, espaços vazios e movimentos que invadem sutilmente o frame. Insegurança que naturalmente terá sua relação com os estados emocionais dos personagens e que permeia o filme como principal ameaça, mais do que as motivações do espírito que busca a possessão dos vivos e os engana com visões macabras.

• Algo muito errado começa a acontecer: mamãe picotou os dedos.

• Algo muito errado se confirma: mamãe está levitando.

• Pavoroso: o padre perambulando pela madrugada na fazenda.

• Direção de arte dando show: a foto noturna das dependências da fazenda.

• Momento "que dó": a cabra mancando sem uma perna.

• Bryan Bertino vem compondo uma carreira bacana no fantástico, escrevendo e dirigindo, apesar de alguns tropeços pretensiosos como o irritante The Monster (Um Monstro no Caminho).

• Será que o diretor sugere alguma leitura política inserindo e destacando a bandeira americana em alguns momentos?

Expectativa 😈😈      Realidade 😈😈😈

Como assim, terror sem jump?!