19 de maio de 2018

Riti Magie Nere e Segrete Orge nel Trecento

Riti, Magie Nere e Segrete Orge nel Trecento (Itália, 1971)

Diret Renato Polselli
Com Mickey Hargitay, Rita Calderoni, Raul Lovecchio, Krista Barrymore.

Riti, Magie Nere e Segrete Orge nel Trecento (ITA, 1971)

Aberrativo! Quantas horas de filme ruim você já viu? Foram suficientes? Mesmo que saciado com os fenômenos trash, sleazy, exploit que o cinema B deixou pela história, vale a pena perder mais uns 80 minutinhos com este "Ritos, Magia Negra e Orgias Secretas no Século XIV", na tradução aproximada. Uma peça indescritível do cinema-catástrofe. Euro-trash de primeira linha!

Isabel é executada como bruxa na Idade Média e seu corpo fica mantido em uma cripta de um castelo, ou subterrâneo, e guardado por quatro sacerdotes/vampiros que precisam de sangue para ressuscitá-la. Quando acontece uma festa no castelo (uns 500 anos depois!) reúne-se a quantidade de vítimas suficientes. Mais ainda: por alguma incrível conjunção, os envolvidos na execução de Isabel se reencontram reencarnados nessa festa! Daí o título inglês The Reincarnation of Isabel.

Então, somando as condições dadas de festa + castelo + sleazy cinema, temos: erotização, mutilação explícita, inserts cômicos, cenografia kitsch, enquadramentos errados, elenco amador, pretensões a narrativa estilizada na montagem sem noção e as caretas de Mickey Hargitay! Assim, as liberdades a que o cinema alternativo almejava se fundem às palhaçadas da chanchada de então em um resultado que não dá pra saber onde foi intencional, "autoral" ou "foi o que deu"! Esse poderia ter facilmente entrado em nossa seleção de 20 Coisas Feias

O lado bom é que dá pra rir dos absurdos todos, do elenco semi-profissional, do desprezo à forma convencional do filme... Nenhuma ação parece fazer sentido imediato na construção da compreensão do todo e o elenco desfila gratuitamente posando diante da câmera em uma cenografia mezzo-gótica, mezzo-brega. Pode ser um filme a se atacar pelo amadorismo e pretensão frustrada a estilo, mas também é uma prova de como a indústria da cultura pop deixou de ser divertida (e isso nem quer dizer "risível de") nas últimas décadas com a compulsória profissionalização nas demandas atuais.

• Melhor violência: estaca no peito de Isabel.
• Melhor ator: o coveiro risadinha.
• Cena de impacto: coração arrancado do peito de uma vítima.
• É possível que seja a única chanchada-terror da história!
• Veja Renato Polselli em um dia melhor com O Vampiro e a Bailarina.
• Confira um clip.

Expectativa 😈😈     Realidade 😈       Diversão 😈😈😈😈

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