10 de setembro de 2017

A despedida de Tobe Hooper em Djinn e Mortuary

Djinn (EAU, 2013)
Diret Tobe Hooper
Com Razane Jahmal, Aiysha Hart, Paul Luebke.

Djinn (EAU, 2013)

Saideira Mr Hooper! A despedida de Tobe Hooper em um terror produzido nos Emirados Árabes Unidos, o que já é um exotismo considerável!
Depois do falecimento de seu filho pequeno, Salama e seu marido Khalid vão viver na cidade dos pais dela. Mudam-se para um misterioso prédio em um belo apartamento e a situação começa a se mostrar preocupante para Salama, que ouve sons, tem visões e só faz amizade com Sara, a única moradora do prédio além do casal! Finalmente o casal descobre que o hotel foi construído na região habitada pelo espírito Djinn, uma entidade maligna que teve seu filho roubado há muito tempo.

Então Djinn ganha pontos imediatamente pelo inusitado acontecimento do convite a Tobe Hooper para dirigir a produção, pelo exotismo cenográfico, pelos diálogos e softwares em árabe e ótimos momentos nas aparições do espírito irritado. O espírito se arrastando pelo teto do apartamento é uma cena memorável. Mas... Djinn perde toda a simpatia inicial no decorrer do filme pela monotonia visual e elenco muito fraco. As cenas com bebês maquiados são bem eficientes, mas parecem o cúmulo da apelação. E a narrativa não se sustenta no mistério que parte da mesma ideia de Poltergeist. É muito mistério para pouca coisa acontecendo. Nem um resquício da velha e boa insanidade que marcou o cinema do diretor mesmo em seus momentos mais desajeitados. Uma pena que a despedida de Tobe Hooper tenha sido tão fraquinha.


E também tivemos Mortuary, produção norte-americana de 2005, que já apontava nessa direção de esgotamento. Só que Mortuary tem a seu favor uma construção de imagem invejável de boa. Remete ao melhor do diretor no estilo sujo e decrépito de seus primeiros filmes. E a narrativa parece fazer um inventário de cenas e efeitos estéticos da carreira do diretor.

Leslie é uma embalsamadora viúva que muda com os dois filhos para um velho mortuário e inicia vida nova e trabalho no local. Leslie não percebe, mas durante suas atividades um misterioso fungo subterrâneo se infiltra pela casa para se alimentar de sangue! Rapidamente a infiltração dos fungos contamina mortos e vivos e até Leslie, pondo em risco a vida dos jovens. 

Como Djinn este também perde a graça pela metade e se conclui fracamente no corre-corre da molecada pelo cemitério ao lado do mortuário e com efeitos digitais medonhamente pobres. Com algum esforço de quem assiste, pode valer como uma ligeira revisão da carreira do diretor em citações constantes a seus bons momentos. Dá até pra fazer uns trocadilhos safados com o título e a carreira de Hooper... melhor não. Descanse bem Mr Hooper e obrigado pelos grandes filmes!

• Veja mais Tobe Hooper em Toolbox Murders, Eaten Alive e Top 10.

Djinn Expectativa 😈😈     Realidade 😈
Mortuary Expectativa 😈😈     Realidade 😈


Mortuary

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