26 de janeiro de 2017

Lake of the Dead

De Dodes Tjern (Noruega, 1958) 

Diret Kare Bergstrom
Com Andre Bjerke, Bjorg Engh.

Lake of the Dead

Terror civilizado. Raridade pouco citada do fantástico europeu. Grupo de amigos passa temporada em uma casa à beira de um lago. As cartas e escritos que encontram do antigo morador falam de um espírito que habita o lago e leva as pessoas para dentro dele. Inicialmente os dados parecem folclóricos demais para a cultura urbana e contemporânea do grupo, mas quando uma das garotas começa caminhar pela madrugada como sonâmbula e sempre indo na direção do lago, o medo se instaura no grupo.

Bela produção norueguesa com notável cuidado fotográfico. Sutil e misteriosa, quase como um conto de fadas em sua delicadeza e suspensão. O canal de áudio, por exemplo, só tem diálogos e trilha sonora, que é expressiva e sussurrante. A sonoplastia é mínima. Talvez seja lento e comportado demais para ser apreciado hoje, mas o exercício em vê-lo é muito interessante. Curioso compará-la à produções posteriores como Evil Dead com a qual guarda semelhanças, e analisar a mutação cultural que se operou nas últimas quatro décadas de sobrenatural na cultura pop. Do mistério e proposta onírica de filmes como este estamos invariavelmente expostos agora à uma enxurrada de efeitos, violência e histeria como ingredientes fundamentais do sobrenatural na cultura contemporânea. É pra lamentar? Não, é só pra comparar e concluir.

Expectativa 😈😈   Realidade 😈😈😈


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